terça-feira, 27 de abril de 2010

E se o mundo acabar em 2012?

Se o mundo acabar realmente em 2012 eu morreria frustrada. Primeiro porque morrer com 22 anos seria uma bosta, se eu tivesse sei lá uns 70 anos eu não ficaria tão abalada, já teria vivido mais da metade da minha vida, claro que não iria estar feliz afinal quem não teme a morte? Arrepio-me só de pensar que um dia vou morrer... Aliás diga-se de passagem me cremem, a idéia de vermes comendo meus restos mortais me enoja.
Quando penso em 2012 me vem na cabeça a idéia de um médico me dizendo que eu tenho apenas 2 anos de vida, o que você faria? Sinceramente eu não sei o que eu faria, eu não tenho dinheiro para fazer nem um terço do que me vem em mente, então de acordo com a minha realidade, acho que eu mudaria principalmente a minha postura, já que é uma das poucas coisas na vida onde não é preciso injetar dinheiro. Talvez eu fosse mais corajosa, talvez até mais cara de pau, realizaria todas as minhas vontades plausíveis e falaria o que eu tivesse vontade, trataria melhor os meus pais e meus amigos, sairia todo dia, iria beber como se não houvesse cirrose, eu não pagaria a conta em nenhum bar, faria um crediário nas Casas Bahia. Talvez eu beijasse uma mulher, talvez não, teria um filho, é acho que eu teria um filho, mesmo sendo uma sacanagem ter um filho destinado a apenas um ano de vida... Ou talvez eu compre um cachorro. Acabaria de ler os livros que por algum motivo eu não acabei, e sim claro veria os filmes que eu quero ver e sempre adio, não usaria mais salto alto, só andaria de chinelo, tentaria novas posições, voltaria a fazer aulas de teatro. Não me cobraria demais e não pensaria tanto, seria mais impulsiva, seria eu só que em uma versão menos autoritária comigo, seria uma versão foda-se de mim mesma, e definitivamente, Pedro Bial que me desculpe, eu não usaria filtro solar.
Na verdade eu nem sei porque divaguei tanto sobre uma coisa que eu não acredito, a minha teoria sobre esse possível fim do mundo é que uma hora o calendário teria um fim, ninguém faria um calendário do ano 1 ao ano infinito, porque é impossível... Claro um dia a Terra vai explodir e todo mundo vai morrer, isso se nesse dia ainda existirem habitantes no planeta e se nos mesmos não explodirmos tudo antes que a Terra tome uma atitude, mas eu sinceramente acho que quando isso acontecer, de maneiras naturais, eu já terei me juntado ao petróleo há muito tempo, assim espero.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

"The Pacific" homenagem ou convocação?

Bem antes de mais nada eu vou me apresentar, meu nome é Vanessa tenho 20 anos e uma mente cheia de pensamentos embaralhados, minha intenção com esse é blog é tentar manter minha cabeça organizada e quem sabe ocupar a cabeça de quem resolver ler o que eu escrevo. Tentei pensar em alguma coisa muito especial como primeiro post do blog, porém não pensei em nada que atendesse minhas altas exigências, mas então pensando no motivo pelo qual eu criei o blog cheguei a conclusão que o importante é expressar o que esta em minha mente, não me prendendo em um assunto especifico, escrever o que eu penso, apenas isso.
Essa semana tem um pensamento que anda rondando a minha mente, uma série nova da HBO "The Pacific", uma breve explicação sobre a serie, além de ter sido a série mais cara da história conta com os grandes nomes do cinema Steven Spielberg e Tom Hanks como produtores executivos. Trata-se de uma minissérie de dez capítulos e cerca de 600 minutos de duração que reconstitui a memória pessoal de três marines americanos (Robert Leckie, John Basilone e Eugene Sledge) durante o conflito entre EUA e Japão no litoral do Pacífico em plena Segunda Guerra Mundial. Em uma entrevista recente Tom Hanks afirmou que "Queriam homenagear a coragem dos americanos na batalha", chegamos ao ponto em que minha cabeça entrou em curto, não é segredo para ninguém que os EUA mantém suas tropas no Iraque e que cada vez menos americanos querem "defender" seu país fazendo com que para incentivá-los a servir o exercito o governo precisa oferecer benefícios para convencê-los, não existe mais o orgulho de lutar pelo seu país, principalmente por uma causa desacreditada. Continuando nessa linha de raciocínio li nas entrelinhas que o objetivo da série é revitalizar o "orgulho nacional" o desejo de servir ao exercito por puro amor a pátria e se isso ocorrer, consequentemente aumentará a quantidade de americanos alistando-se no exercito e desejando aniquilar os malditos bastardos iraquianos. Posso até estar sendo extremamente radical, mas quando criei essa linha de raciocínio eu associei de cara com o nossa querida Leni Riefenstahl, uma boa amiga de um cara um tanto quanto autoritário que atendia pelo nome de Adolf Hitler, porque essa associação? Leni Riefenstahl foi a grande publicitária do Nazismo, como excelente profissional que era sabia que precisava passar a imagem do Nazismo como um partido bacana fazendo com que todos quisessem participar e serem felizes para sempre, o que ela fez então? Produziu filmes onde Hittler era retratado como um bravo herói, claro que Hitler também era um ótimo orador o que o deu mais credibilidade ainda, todos filmes tão bem feitos que tornaram-se marcos na história (mesmo que anos mais tarde tenham sido rejeitados por várias pessoas devido a ligação direta com o Nazismo) o resultado dos filmes foi o que nós todos conhecemos, uma adesão em massa da Alemanha ao Partido Nazista.
Concluindo, qual será então o real objetivo dessa milionária serie? Apenas ressuscitar o patriotismo e endeusar heróis de guerra, ou incitar americanos a morrerem na Guerra do Iraque para aumentar o prestígio dos EUA? Extremista ou não acho que devemos pensar nessa questão, para que suas consequências não nos peguem de surpresa.