quarta-feira, 2 de junho de 2010

Chove

Chove e não para, na janela as gotas escorrem e desenham coisas pelo vidro, rabiscam sem sentido. O cheiro da chuva, cheiro de concreto molhado, de pessoas molhadas que correm e fogem das gotas, eu não fujo dela, não dessa, ela parecia convidativa, atenciosa... Até que o calor e a sensação refrescante virou frio, frio e úmido, tempo apático, um temporal que parecia infinito, cinza, eu não gosto dessa cor, ela me incomoda, prefiro azul ele me acalma, me tranquiliza e me refresca, como no início da chuva quando o céu ainda era azul, caía inocente e acolhedora, agora ela mudou tornou-se antipática e uma péssima anfitriã, quero me unir aos que fogem dela, quero ir para longe, para um lugar azul, que tenha cheiro de concreto seco. Promete que vai parar, por favor? A chuva parou mas no meu quarto, onde as paredes são azuis, continua tudo cinza, e eu não gosto dessa cor...

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